quarta-feira, 29 de outubro de 2008

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Boletim Setembro 2008

O Boletim N.º 3 - Setembro de 2008, está já disponível para leitura. Pode consultá-lo aqui. Destacamos o artigo de abertura "Serviços Profissionais - O berço do Rotary".
Relembramos todos os companheiros que amanhã pelas 20:00h, terá lugar no Hotel Mercure, o jantar Mensal do Clube.

sábado, 18 de outubro de 2008

A situação da Pobreza em Portugal

O relatório de Desenvolvimento Humano de 2007 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), recentemente publicado, revela que Portugal caiu uma posição no índice de desenvolvimento humano das Nações Unidas. Está agora em 29.ª lugar, atrás de países como a Eslovénia, Grécia ou Singapura.
O documento das Nações Unidas revela ainda que entre os estados-membros da União Europeia, Portugal ocupa a 17.ª posição no índice de Desenvolvimento Humano (IDh), que avalia o estado do desenvolvimento através da esperança média de vida, da alfabetização dos adultos e da escolarização, bem como dos indicadores de rendimento.
Irlanda (5.º), Grécia (24.º), Eslovénia (27.º) e Chipre (28.º) são países da União Europeia à frente de Portugal (29.º), para além dos países nórdicos e das potências europeias Espanha, França, Alemanha, Itália e Reino Unido.

As Nações Unidas referem ainda que a taxa de escolarização bruta combinada dos ensinos primário, secundário e superior atinge os 89,8% em Portugal, que viu aumentar de 92% em 2004 para 93,8% em 2005 a taxa de alfabetização de adultos. A esperança de vida em situava-se em 2005 nos 77,7 anos e o valor do Produto Interno Bruto era de 20,4 dólares PPC (paridade poder de compra) per capita. O relatório revela ainda que vinte e dois países, todos da África Subsahariana, estão classificados na categoria de países com «desenvolvimento humano baixo», sendo que em dez destes países, duas em cada dez crianças não atingirão os 40 anos. Pelo contrário, entre os 20 países de topo da lista, apenas a Dinamarca e os Estados Unidos terão menos de 9 crianças em 10 a atingir a idade de 60. Na maior parte dos países, incluindo a China, a Índia, e o Brasil, o IDh subiu nos últimos 30 anos, mas alguns países apresentam retrocessos neste âmbito.

In Notícias 52, Outubro 2008

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Programa Mensal | Outubro de 2008

Está disponível o programa do mês de Outubro. Destacamos a realização de duas palestras. A primeira dia 16, subordinada ao tema "Conhecer uma Profissão: A Análise de Negócios", terá como interviniente o Dr. António Quirino Soares.
No dia 30 de Outubro teremos dois convidados - Eng. Luis Cacho e Eng. António Redondo - para nos falarem sobre o "Porto Comercial da Figueira da Foz: a visão da Administração e da Comunidade Portuária".

Para saber mais, consulte o programa aqui.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Para quem é pai/mãe e para aqueles que o serão...

Há um período na vida em que os pais vão ficando órfãos dos seus próprios filhos. É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros espavoridos. Crescem sem pedir licença à vida. Crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias de igual maneira. Crescem de repente.
Um dia sentam-se perto si no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não poderá mais mudar as fraldas daquela pessoa. Onde é que aquela marota andou a crescer que você não se apercebeu?
Onde está a pázinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e a primeira bata do Infantário? A criança está a crescer num ritual de obediência orgânica e desobediência civil.
E você agora está ali, à porta da discoteca, esperando, não apenas que ela cresça, mas que apareça! Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes sobre patins e cabelos longos, soltos. Entre hamburguers e refrigerantes nas esquinas, lá estão os nossos filhos com o uniforme de sua geração: incómodas mochilas da moda nos ombros. Ali estamos, com os cabelos esbranquiçados.
Aqueles são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e da ditadura das horas. E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com os nossos acertos e erros. Principalmente com os erros que esperamos que não repitam.
Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos próprios filhos.
Não mais os apanharemos nas portas das discotecas e das festas. Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judo. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ouvir sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, posters, agendas coloridas e discos ensurdecedores.
Não os levámos suficientemente ao Playcenter, ao Shopping, não lhes demos suficientes hamburguers e cocas, não lhes comprámos todos os gelados e roupas que gostaríamos de ter comprado. Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto.
No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscina e amiguinhos. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim. Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar os amigos e os primeiros namorados.
Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram mas, de repente, morriam de saudades daquelas "pestes". Chega o momento em que só nos resta ficar de longe desejando e rezando muito (nessa hora, se tínhamos desaprendido, reaprendemos a rezar) para que eles acertem nas escolhas em busca de felicidade. E que a conquistem do modo mais completo possível.
O remédio é esperar: a qualquer hora podem dar-nos netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho.
Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afecto. Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam. Aprendemos a ser filhos depois de sermos pais. Só aprendemos a ser pais depois de sermos avós...

Texto de Affonso Romano de Sant'Anna